sábado, 27 de outubro de 2007

TIM Festival exalta brilhantismo de Bjork, Arctic Monkeys e clássicos do jazz. Mas faltou aquela forcinha aos brasileiros



(1)Bjork dispara fitas coloridas ao entrar no palco - Foto: Mônica Imbuzeiro

(2)A área externa do festival - Foto: Mônica Imbuzeiro


Do Globo On line

E os brazucas?

RIO - Maior festival internacional de música do país, o TIM festival exibiu nesta sexta-feira duas de suas principais características, marcas notáveis desde sua criação, como Free Jazz, e seus novos rumos nos últimos cinco anos, já sob patrocínio da operadora de celulares: a escolha primorosa das atrações estrangeiras e a dedicação menos intensa às atrações nacionais. Este quadro se repetirá neste sábado, quando os destaques são a sensual atriz-roqueira Juliette Lewis ( conheça o esquema completo ) e a banda The Killers. Os brasileiros invadem o palco Funk Mundial. E olhe lá.



Nesta sexta-feira, primeiro dia de maratona de shows do festival (que foi aberto na quinta, em São Paulo), a cantora Bjork mostrou que seu mal humor costumeiro fora dos palcos se converte em um espetáculo primoroso, digno de uma diva, em cena. Erika Azevedo destila as altas doses de modernidade da islandesa excêntrica, que driblou o ar-condicionado quebrado e encantou. Já os britânicos do Arctic Monkeys , que chegaram ao grande público ao aproveitarem o poder de disseminação da internet, sem medo e com inteligência, juntaram muitos adolescentes, como fazem mundo afora. A banda é uma promessa, sublinha o crítico Jamari França. Entre as atrações de jazz , foi notável a forte influência dos clássicos do gênero, como Miles Davis, John Coltrane e os irmãos Gershwin, como contam o maior crítico de jazz do país, José Domingos Raffaelli, e a repórter Márcia Abos, de São Paulo.

" Infelizmente, não podemos contar com a natureza "

Se a noite deste sexta teve grandes momentos, realçados pela incrível arrumação feita na Marina, onde containeres formaram uma espécie de grande praça de diversões, com cospidoras de fogo e letreiros luminosos, faltou mais cuidado quanto às atrações nacionais. A agurdada Cibelle ficou para depois: escalada para suceder Katia B no palco "Novas Divas", antes de Antony and The Johnsons (que fez três shows em apenas dois dias) e Cat Power and Dirty Delta Blues , ela entrou no palco já na madrugada, para uma multidão de espaços vazios. Para piorar, apesar dos avisos de São Pedro na quarta-feira, a produção do TIM Festival não estava totalmente preparada para a chuva - nem tão forte assim - que caiu no Rio de Janeiro na noite desta sexta. Apesar da simpatia de distribuir capas de chuva para os presentes, não anteviu pequenas catástrofes, como o bolsão de água que se formou sobre a cobertura do palco do TIM Village, onde aconteceria os show do Novo Rock BR, molhando instrumentos e forçando o cancelamento dos shows, que até as 3h - quando houve o anúncio da produção - não haviam começado.

Arctic Monkeys, uma promessa que encantou os adolescentes - Foto: Leo Dresch

Para o vocalista do Del Rey, China, o cancelamento foi a melhor coisa a ser feita.

- É uma pena, estávamos muito a fim de tocar. Estávamos esperando até agora para ver o que acontecia, mas é melhor assim.

O vocalista do Montage, Daniel, diz que na música é preciso estar preparado para tudo.

- Infelizmente, não podemos contar com a natureza. Mas foi muito válido chegar até aqui, com toda a divulgação que o festival trouxe para a gente.

A produção das bandas afirmou que uma nova data será marcada para os três grupos se apresentarem juntos, ou no Circo Voador, ou na Fundição Progresso.

A capa de chuva, insdispensável na Marina - Foto: Leo Dresch

E por falar em brasileiros - não dos que estão nos palcos, e sim na platéia - as filas incomodaram. Para sair de um palco para outro (bem próximos), as pessoas levaram cerca de meia hora. Sem aviso sobre saídas alternativas, elas se encaminharam para as mesmas três ou quatro roletas. O resultado disso foi tumulto e lentidão. Quanto à área externa, houve reclamações em relação à passarela que liga a pista da praia à do Aterro do Flamengo, onde está a Marina. Quando o evento era no MAM, a passarela ficava iluminada e com seguranças. Agora, não.

http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2007/10/27/326924901.asp

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