quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Cecil Taylor


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Ao lado dos contemporâneos Ornete Coleman e John Coltrane, o pianista e compositor nova-iorquino Cecil Taylor foi um dos precursores do free-jazz, movimento que nos anos 50 e 60 sacudiu as bases sobre as quais o jazz se consolidou e propunha um novo sistema harmônico. Nesse período, sua música cresceu em complexidade e originalidade e, paradoxalmente, o deixou sem trabalho por quase toda a década de 60. Foi somente a partir de 1973 que sua carreira ganhou um novo impulso, com o início de turnês solos ou à frente de grupos próprios.

A lista dos músicos que passaram por suas bandas nas últimas cinco décadas inclui Steve Lacy, Jimmy Lyons, Albert Ayler, Buell Neidlinger, Dennis Charles, Archie Shepp, William Parker, Max Roach, Tony Williams, Mark Helias, Mary Lou Williams e Bill Dixon, entre outros. As parcerias de Taylor, entretanto, estenderam-se para além das fronteiras da música. Poeta e grande admirador de balé, ele criou trilhas sonoras para as coreografias de Diane McIntyre, Mikhail Barishnikov e Heather Watts.

Em 88, a cidade de Berlim dedicou-lhe um mês inteiro de festival, com suas obras sendo executadas por alguns dos mais famosos artistas europeus de vanguarda. Apesar de todo o reconhecimento, o gosto de Cecil Taylor pela experimentação nunca estagnou. Em 1991, o diretor artístico do festival Jazz at Lincoln Center o deixou de fora da programação sob a alegação de que sua música não se encaixava no conceito de ‘jazz’. Como resposta, Taylor alugou o Alice Tully Hall e fez um concerto solo de piano, que mais uma vez lhe rendeu a aclamação da crítica.

Hoje com 78 anos, ele continua compondo e escrevendo poesias regularmente. E tocando com a mesma técnica invejável que assombrou o mundo por sua agilidade, vigor físico e intrincada polirritmia.

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